terça-feira, 31 de maio de 2011

Gerações Tecnológicas

O mundo como conhecemos tem tido ciclos de desenvolvimentos constantes, e a cada novo ciclo surgem padrões de comportamento que são incorporados a nova realidade. Estes padrões ajudam a alavancar comportamentos sociais, culturais e tecnológicos, além de interferir diretamente em todas as esferas.
 
Atualmente o que está acontecendo é uma aceleração dessa corrida de gerações, em que a idade é apenas um dos fatores que as separam e que o comportamento, a forma de agir e as novas tecnologias são as principais diferenças. Podemos dividir em cinco gerações; os Baby Boomers, a Geração X, a Y, a M, e a Z. Elas foram assim denominadas por apresentarem diferentes tipos de referencial social.  A forma como trabalham, executam, mandam, se vestem são dispares, e marcam de forma interessante cada uma delas.
 
BABY BOOMERS (EXPLOSÃO DE BEBES)
 
É como foram chamados a geração nascida em determinada explosão populacional, no caso ao qual nos referimos, estamos falando de duas explosões de Boomers distintas, a primeira que nasceu entre 1946 a 1954 e a seguinte, que tem seu período compreendido entre 1955 a 1964. Um fato interessante é que os Boomers nasceram em pleno inicio de globalização, capitalismo, consumismo, e efervescência social e tecnológica.
GERAÇÃO X
 
Foi o nome dado a esta primeira geração moderna composta dos filhos dos baby boomers.  São nascidos após 1960 a 1980 e ficam no meio das gerações BB e Y. 
 
GERAÇÃO Y
 
É também conhecida como Geração Millennials ou Geração da internet, segundo alguns sociólogos se refere aos nascidos após 1978. É uma geração que adora opinião, é multitarefa, sonha em conciliar lazer e trabalho e muito ligada em tecnologia e novas mídias. 
 
GERAÇÃO Z
 
É a geração dos que datam de 1980ª 1990 e nasceram sob o advento da internet e do boom tecnológico, videogames super modernos, computadores cada vez mais velozes e avanços tecnológicos inimagináveis há 25 anos fazem parte da rotina e do dia a dia dos jovens da Geração Z.
 
GERAÇÃO M
 
É uma geração nascida e criada junto à internet, jovens na faixa dos 20 anos ou menos, que abrem seu servidor em diversas abas ou janelas, conversam com várias pessoas on-line através do MSN, ouvem música, assistem à TV, tentando ao mesmo tempo estudar e trabalhar.
 
Antes de concluir devemos dizer que cada geração tem seus méritos e são essenciais para manter a “Matrix” viva e operante. Se os Y são antenados com as tecnologias, criam maravilhas em garagens, são culturalmente proativos  e talentosos para questionar o status quo, Os Boomers se adaptaram à TV em cores, levaram o homem à Lua, celebraram a paz e o amor, chacoalharam o mundo com suas revoluções, para logo depois vir a Geração X que dominou o play e o stop do vídeo e do walkman, desenvolveu e disseminou os PCs (e a Internet), massificou movimentos culturais e derrubou o muro de Berlim, Além das Z e M que tornaram o mundo multi tarefas fazendo com que tenhamos um turbilhão de informações por minuto.
 
Por fim, Se cada um tem sua faixa etária, a idade mental e a velocidade com que se adaptam às novas mudanças ajudam a equilibrar e entender mesmo aqueles que são de uma geração mais antiga.  O que é impossível evitar é o contato de uma geração com a outra em um mercado de trabalho que não sabe ainda como lidar com as diferenças, mas não importa a geração que pertencem, pois ao trocar informações um acaba impregnando o outro com suas idéias, o que faz com que cada um, do mais velho ao mais jovem saia rejuvenescido e um pouco mais antenado em relação a todo este panorama que não se encerra, pelo contrario, se amplia e modifica de forma veloz no mesmo ritmo com que se muda uma página de internet.


Síntese do Trabalho Sobre a Reforma Psiquiátrica no Brasil

 Percebemos que os portadores de doenças mentais sempre chamaram a atenção da sociedade desde os tempos antigos até os tempos atuais; identificamos que com o passar dos anos muitos avanços ocorreram, principalmente desde a 8ª Conferência Nacional de Saúde (1986) com a superação do modelo manicomial que teve um marco teórico e político.

Direitos foram adquiridos, leis vigoradas, centros de assistências psicossociais atuando, contudo, muito ainda tem que ser feito, para que os portadores de doenças mentais possam viver em uma sociedade sem exclusão e preconceito, que seus direitos
adquiridos sejam cumpridos, que passem a valer não só nas linhas que constam na lei, e que sejam intrínsecas em seu viver, assim formando uma sociedade igualitária e justa.

Para que essas conquistas sejam objetivadas, identificamos que aspectos essenciais devem ser trabalhados, aspectos esses que tem que ser minuciosamente elaborados em parceria com o governo, profissionais da área, famílias e sociedade.

Todas as áreas envolvidas, dizem que estão preocupados com a saúde e bem estar dos portadores de doenças mentais, mas tal preocupação não é visivelmente notada, no momento que este doente traz de uma forma direta ou indireta alguns transtornos ou aborrecimentos para seu grupo. O governo, não investe na qualificação e preparação de seus profissionais da área de saúde mental, tampouco proporciona uma renumeração justa para sua equipe técnica. A alimentação e medicação que devem ser direcionadas para os CAPS são realizadas de forma onde a escassez se faz sempre presente, assim como a falta de CAPS III nos casos de atendimento de regime integral. Muitos profissionais cansados e desmotivados devido à precariedade do ambiente o qual trabalham e das ferramentas que são disponibilizadas para que possam exercer suas funções, os mesmos são em alguns casos obrigados a desempenhar funções as quais não lhes compete, para que possam desenvolver uma assistência em um ambiente higienizado e assim prestar atendimento aos doentes e a sua família, pois muitas vezes não se tem um profissional da área de higienização disponibilizado para os CAPS assim como a falta dos materiais de limpeza.

A sociedade por sua vez é ainda como um todo hipócrita e despreparada para  proporcionar de uma forma inclusiva o portador de transtornos mentais,  muitas vezes ignorando as habilidades e competências  que os mesmos possuem, fazendo com que as  atividades desenvolvidas no momento alucinatório ou não, sejam desvalorizadas. Para muitos uma vezes louco, eternamente louco, mesmo que este louco esteja em seu momento de lucidez, seus pensamentos são sempre ignorados, considerados sem sentido e questionados, mesmo que   sejam os mais sensatos e  lúcidos obtidos no momento.

Essa mesmas ações  são identificadas no seio familiar, onde familiares já procuram a  assistência médica afim de adquirir tranqüilizantes para os pacientes, para que os componentes da família  possam ser  favorecidos com  momentos de paz.  Alguns vão até ao medico já com o diagnostico pronto  afim de  induzir  o receituário da medicação e até mesmo conseguir  uma internação, pois  para  alguns entes familiares o bem estar da família como um todo é  quando o portador está internado ou sobre efeito da medicação, pois  assim não são obrigados a conviver com os comportamentos inadequados  visto pela sociedade.

É notório que o sucesso da reforma psiquiátrica ocorrerá quando esses obstáculos citados acima sejam superados assim como os demais existentes que não foram citados neste trabalho, não por serem menos ou mais importantes e sim por serem inúmeros  os aspectos que ainda devem ser trabalhados. Ficamos todos os envolvidos na  luta e expectativa de uma reforma que, enfim, ofereça aos pacientes e profissionais melhores condições de tratamento e trabalho, preparando e oferecendo subsidio a família para dar um bem estar aos portadores de transtornos mentais assim lhes proporcionando uma  qualidade humanitária e inclusiva na sociedade.

APO - Métodos Quantitativos em Psicologia

Esta atividade da disciplina Métodos Quantitativos em Psicologia foi realizada a partir de pesquisas feitas em ambiente virtual, através no mecanismo eletrônico de busca Google, sobre os principais livros publicados sobre o tema “as pessoas e as instituições” no período compreendido entre 1980 e 2010.

1- TABELA ESTATÍSTICA:
(clique na imagem para ampliá-la)


2- HISTOGRAMA:
(clique na imagem para ampliá-la)

Pesquisa Sobre a História da Psicologia no Brasil e na Bahia


A Psicologia no Brasil aparece com a criação das faculdades de medicina do Rio de Janeiro e da Bahia no século XIX. Contudo não havia um corpo organizado, tampouco uma institucionalização do conhecimento psicológico. Nesse período pré-profissional as questões psicológicas eram tratadas de forma incipiente por curiosos, pessoas interessadas, mas não havia o profissional de Psicologia: o psicólogo.

No começo do século XX, o ensino de psicologia no Brasil, era matéria do ensino dos cursos destinados à formação de professores do ensino primário. Naquela época, alguns estudos de Psicologia estavam em algumas disciplinas do curso de Pedagogia.

Em 1912 é fundado em São Paulo um laboratório de Psicologia na Escola Normal da Praça da República, posteriormente designada Instituto de Educação Caetano de Campos.

Em 1934, é criada a Universidade de São Paulo que possuía Laboratório e Cátedra de Psicologia. É nesta universidade que, em 1958, surge o primeiro curso de graduação em Psicologia. A criação do curso havia sido proposta por Professora Annita de Castilho e Marcondes Cabral, titular da Cátedra de Psicologia do Curso de Filosofia, sendo criado por Lei Estadual aprovado em 1957. Tratava-se de um curso de bacharelado com duração de três anos que conferia aos concluintes o diploma de Bacharel em Psicologia, pois era de caráter teórico e acadêmico, contudo não formava psicólogos.

Outro campo de desenvolvimento relevante da História da Psicologia, além do ensino, no Brasil foi o Organizacional. Em 1924, atividades como seleção e recrutamento passaram a fazer parte do contexto das organizações, sobretudo indústrias. Desse modo, no final dos anos 50, aqueles que aplicavam a Psicologia sendo professores ou “Psicólogos Organizacionais” que aplicavam seus conhecimentos em instituições como o SENAI, o SENAC, etc; perceberam que já era o momento de exigir uma regulamentação da profissão de psicólogo no Brasil. Assim, começaram campanhas junto ao Congresso Nacional, para que fosse aprovada a Lei que regulamentasse a profissão e a formação do psicólogo. Finalmente, em 27 de agosto de 1962 foi sancionada a Lei nº. 4.119 que atendeu as reivindicações dos psicólogos brasileiros e por isso, a referida data passou a ser considerada como "dia do psicólogo" no Brasil.
Na Bahia, desde 1955, quando a autora Mercedes Cunha Chaves de Carvalho entrou na Universidade Federal da Bahia, escutava do professor João Ignácio de Mendonça que lecionava no curso de Filosofia, a necessidade de criar um curso de formação acadêmica em Psicologia a fim de evitar que os espaços e campos de investigação psicológicos fossem tratados por charlatões ou ocupados por profissionais de outras áreas na tentativa de improvisar ou suprir a carência de psicólogos.
Na Bahia, devido a resistências e reservas de mercado, o início do curso de graduação em Psicologia na UFBA teve um atraso de 10 anos em relação ao pioneiro na USP. Entre os anos 50 e 60, a Medicina representava alto nível de status, desse modo, a criação de um curso de Psicologia ameaçava uma área profissional até então ocupada por médicos de várias áreas justamente pela falta de psicólogos.
Em 1958, uma parceria entre o Instituto de Seleção e Orientação Profissional da FGV, a cadeira de Psiquiatria e por alunos de Medicina, e posteriormente, de Filosofia e Pedagogia, cria o IDOV – Instituto de Orientação Vocacional – que proporcionava treinamentos de técnicas de entrevista e outros testes para os discentes. Para o Prof. João Mendonça, o IDOV serviria de estágio aos futuros alunos de Psicologia, mas o Instituto foi dissolvido antes mesmo da criação do curso. Assim, insatisfeito com os trâmites burocráticos e dificuldades encontradas, o Prof. João Mendonça, utiliza-se do argumento da regulamentação da profissão bem como da intercessão da Profª Carolina Martucelli para conseguir junto ao Reitor Roberto Santos a abertura do curso na UFBA.
O curso de Psicologia da UFBA, então foi criado em 1961, mas somente em 1969 foi inaugurada sua primeira turma. Depois de 40 anos de sua criação, o curso sofreu mudanças curriculares e até de localização, saindo da antiga Faculdade de Medicina no Terreiro de Jesus e se instalando no Campus da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, na Estrada de São Lázaro, na Federação.
Há pouco menos de 15 anos, o curso de Psicologia da UFBA era o único na Bahia que formava psicólogos. Hoje são 29 cursos na Bahia, sendo 12 em Salvador. Na capital, entre outros cursos em destaque, há quase 5 anos, o curso da Faculdade Castro Alves, coordenado pela Profª Drª Rita Rapold, vem se destacando pela titulação e experiência do corpo docente e registros acadêmicos, tendo recebido conceito geral 4 pelo MEC na avaliação in loco em 2011.

domingo, 29 de maio de 2011

Resenha do Filme "Nós Que Aqui Estamos, Por Vós Esperamos"


“Nós que aqui estamos, por vós esperamos” é dirigido por Marcelo Masagão,  um documentário brasileiro lançado em 1998 e premiado em 2000 nos festivais de Gramado e de Recife.  Destacou-se como melhor filme, melhor roteiro e melhor montagem. O filme é todo produzido através de montagem das imagens do século XX.

A idéia do cineasta brasileiro era mostrar através dessas imagens um período de contrastes e guerras que permeavam pelo mundo as violências morais e físicas eram explícitas, exploração de pessoas ao trabalho, fome, pobreza, religiões, a busca pela liberdade, a loucura que era conseqüência de tudo isso, a esperança e ao mesmo tempo a evolução da independência feminina, o crescimento acelerado da tecnologia que permitiram desenvoltura aos carros, telefones, rádios, televisão. O filme retrata as diferentes configurações da realidade experimentada pelo homem pós-moderno que superou outrora o teocentrismo medieval e que na atualidade está em crise com a sua individualidade tão exaltada desde o Renascimento até o Iluminismo.

Desde a modernidade homem passou a ser o sujeito e o objeto do seu conhecimento. O mundo deixou de ser rústico, pois a economia de mercado, o avanço das ciências e as novas tecnologias construíram uma nova realidade sócio-histórica. As artes, a política e as instituições sociais espelhavam esse novo indivíduo livre, consciente e único. Contudo, depois de passar por tantas desventuras históricas, algumas delas registradas no documentário, esse sujeito contemporâneo se apresenta em crise com a individualidade buscando alento na sua identidade coletiva e no sentimento de pertença ao grupo social.

A leitura cinematográfica é baseada na obra Era dos Extremos escrita por Eric Hobsbawm que discorre sobre o século XX. Suas histórias tratam de catástrofes, incertezas e crises.  A frase que dá o titulo ao filme encontra-se no portão da entrada do cemitério que aparece em cada cena final do filme. A idéia do cineasta era mostrar o quanto a morte cercava aqueles conflitos calamitosos decorridos naquele período, que tem como fator principal as ações humanas.

Embora o filme apresente uma trilha sonora bastante comovente e ao mesmo tempo melancólica, Marcelo Masagao combina muito bem as imagens criando associações que nos leva a refletir sobre a condição de vida humana. Em uma das frases aplicada em seu filme “Os homens criam as ferramentas; as ferramentas recriam os homens” (Mc Luhan) aparece lembrando-nos de nossa responsabilidade ante a criação de coisas que vão mudar toda a nossa relação com as pessoas e com a vida e que, ao mesmo tempo, vão nos tornar escravos delas.